Reflexão psicanalítica sobre culpa, violência e identidade coletiva, unindo a simbologia cristã ao drama palestino atual.
Text contemplates transcending pandemic trauma, proposing art and reconciliation as pathways.
Of all the things I read this year, one claimed that we are a generation that got thoroughly screwed. You know how selfish things are, it stuck with me, so I think it's true. It had to do with the successive economic and virological plagues. I don't think I was the only one who saw a motorcade of official vehicles, sirens blaring, with a message on repeat: "stay home". "Social isolation" instead of "physical distancing" makes you wonder. The world almost ended.
Just yesterday, I mean, in the broad scope of history, sports arenas were transformed into morgues; there was even talk that in Manaus people had died from lack of air. From high school, I carry with me a dear friend, Stella, cursed to work in healthcare, from whom I read, "you can believe in God without reservation until you see someone die of suffocation". To those who have faith, let us have faith despite the words of the prophet Jeremiah.
"If you are condemned to die, go and die; if you are designated for war, go and be killed; if you are designated to die of hunger, go and starve; if you are designated for exile, go into exile!"
I have the impression that from time to time God delivers us to the worst of ourselves, because, somehow, all of this came from his mind, and you know how selfish things are. But there's a lightness in the fact that the great art movements, the avant-gardes, are the result of what we overcome as humans. In art history, incredible beauty has served as a relief for the pains of mortality.
In 2021, I cursed in a violently violent way a large number of people who made me feel bad. I think it was an important step in the way I see things. "What does not become words becomes symptoms". Since the pepper had to burn someone, it might as well not be me. But this paragraph is a sin, not an infamy. And this is how I feel like a real person: "forgive me, because I am learning". Who knows, maybe you and I will make books and films based on this idea of reconnection. A shattered self-love is better than jumping out the window.
Ultimately, at the end of the day, at the end of time, what matters is how we treat people. And, thanks to God and the work of true friends whom I could list eternally, I understand that it's not about being the court jester, although for the Japanese the clown is the most intelligent person there is because they are capable of engaging everyone.
Communication is what you have in the already, in the now. I'm not going to be anything now that I haven't always been and always will be. I conclude that I am a terrible theologian and an even worse philosopher. But I assure you, my brothers and sisters, that asking for forgiveness is what sets my river back on course when I am lost. "But they are killing us!" So, go to them and ask for forgiveness. Go to them with the invitation to the exhibition.
Leia insights sobre a interação de humanos com modelos de linguagem de IA, e sobre os ODS no Brasil. Lab Educação 2050 Ltda, que mantém este site, é signatária do Pacto Global das Nações Unidas.
Instant Comms Help Express Pain, Paving Way for Pardon.
Empathy & Pardon Foster Wellness, Driving a More Human Future.
Reflexão psicanalítica sobre culpa, violência e identidade coletiva, unindo a simbologia cristã ao drama palestino atual.
Quando, às três da tarde da sexta-feira, Jesus suspira e entrega seu espírito a Deus, passamos a nos perguntar “o que fizemos?”. Para um distraído, deve ser nada além de uma culpa a mais para a coleção. Nós, freudianos, porém, compreendemos tal pergunta como a origem da civilização.
É uma questão de geolocalização, se é que me entende.
Onde estamos, exatamente, depois de termos assassinado o Criador? Se estivermos entre os que fazem a si mesmos aquela pergunta, tal qual no mito do parricídio, muito que bem. Algo assim tem potencial de nos deschucralizar. Mas se estivermos para além da fronteira da responsabilidade, estamos perdidos.
É neste último lugar que o indivíduo vibra com um Jesus que “senta o chicote” nos ladrões — sem se dar conta de que ele mesmo é o ladrão mencionado nas Escrituras. Vibra com o ultraje aos líderes fariseus, sem se dar conta de que o Mestre o ultraja no instante da leitura.
Escrevi sobre esse fenômeno, em um capítulo denominado “narcisismo das pequenas diferenças” (é um conceito psicanalítico). Em resumo, o ódio é ainda mais talentoso que o amor quando o assunto é unir seres humanos, formar exércitos, igrejas, e torcidas organizadas.
Quem abre uma bíblia impressa nos anos setenta, oitenta — traduzida por João Ferreira de Almeida, miolo rosa, cortado por um índice tátil — encontra a Palestina na seção de mapas.
Quer dizer. Até “ontem”, ninguém tinha qualquer dúvida quanto ao Jesus que matamos ser palestino. O que nos fez mudar de lado, além do dinheiro?
A filosofia de René Girard coincide com a prática cristã, quando da formação de uma religião a partir da violência, tanto quanto essa mesma violência gera a humanidade civilizada para os freudianos. Mas esse autor provoca particularmente quando o morto é Jesus. Desde que matamos um inocente, a roda da violência gira no vazio.
Se a Páscoa renova nos cristãos a esperança da ressurreição, que pudesse também renovar em todos nós alguma garantia de que, pelo menos uma vez por ano, perguntamos “o que fizemos?”.
A fotografia deste artigo, registrada por Mohammed Salem da agência Reuters e divulgada pela World Press Photo, foi a vencedora do prêmio World Press Photo do Ano. A imagem retrata Inas Abu Maamar, palestina de 36 anos, em um momento de dor profunda ao abraçar o corpo de sua sobrinha Saly, de apenas 5 anos, que perdeu a vida em um bombardeio israelense. A cena ocorreu no hospital Nasser, localizado em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, em 17 de outubro de 2023.
Livro de ensaios do escritor peruano questiona raízes religiosas e políticas por trás da decadência cultural moderna.
Ainda que tenha visto o filme Pantaleão e as visitadoras (divertido e indicado!), pouco conheço dos romances de Mario Vargas Llosa, Nobel da literatura — escritor peruano que despediu-se neste dia 13.
Gostava dele! Me recomendaram fortemente uma vez A casa verde — curiosamente um professor americano. Porém, este livro da foto, repleto de ensaios, reflexões e provocações, que ganhei em 2013, li e me foi bem marcante.
Um papo-cabeça aqui: como geralmente em cursos de comunicação a gente estuda Escola de Frankfurt, aprende-se que a culpa, por assim dizer, do esvaziamento poético visto nas artes ao longo da história, da decadência estética do que se entende por belo, bem como o fim da chamada "alta cultura", seria resultado da produção em série, da busca pelo lucro em escala, da indústria cultural: em suma uma consequência do capitalismo.
Pra minha supresa, este livro me revelou um ponto de vista diferente: a questão é política, que envolve a herança de um revanchismo contra o gosto da aristocracia (ou das altas classes) desde as revoluções.
TRata-se de um repúdio crescente à sociedade tradicional, após as grandes guerras mundiais, e, na sua essência, sobretudo: de fundo religioso — afinal, na origem de todas as civilizações, em todos os tempos, justamente dos ritos religiosos advieram e se desenvolveram as manifestações artísticas.
Parte-se da busca pelo sublime, das experiências místicas, que posteriormente formaram as bases do que entendemos por culturas. Um elo que virou apenas um eco na vida ocidental contemporânea, isto quando não totalmente banido, execrado, num mundo que, ao seu ver, culturalmente, caminha rumo ao nada.
Ou, como já observamos agora, para o conteúdo gerado por inteligência artificial.